VIVER EQUIVOCADO
Paulo testifica que entre outros sofrimentos, passou “em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos entre patrícios, em perigos entre gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos” [2 Coríntios 11:26].
O Novo Testamento fala de “ricos” do mundo quem vem à Fé Cristã, e demanda deles que sejam “ricos para Deus”: “E lhes proferiu ainda uma parábola, dizendo: O campo de um homem rico produziu com abundância. E arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos? E disse: Farei isto: destruirei os meus celeiros, reconstrui-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens. Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te. Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus” (Lucas 12:16-21). Deus tem em mente uma Igreja rica, onde não haja pobres, pois, até dos pobres do mundo requer o mesmo que dos que vem a ela ricos: “Ouvi, meus amados irmãos. Não escolheu Deus os que são pobres quanto ao mundo para fazê-los ricos na fé e herdeiros do reino que prometeu aos que o amam?” (Tiago 2. 5).
Naturalmente, haveria irmãos na comunidade cristã que -vindo ricos “do mundo” -, seguiriam ricos nela, senão, Lucas não diria <<vem cá, irmão; vou desenhar para vocês que Deus quer de cada membro de seu Corpo>> (Atos 2. 43-45; 4. 34-5. 1), y Paulo não ilustraria tão claramente que ao membro mais frágil se lhe deve tratar com maior carinho (1 Coríntios 12. 22-26). Não para que houvesse equidade material, senão em reconhecimento de que as riquezas materiais são desejadas e “uma bênção” em nossas vidas, porém passageiras; enquanto que a honra nos irmãos mais pobres são virtudes que o mais rico não tem, propositalmente, para que um dependa do outro e não se confunda o Senhorio de Cristo com o Domínio de Mamom.
Paulo não confessa “problemas” que tenha tido com irmãos na fé, por exemplo. Se fosse hoje que ele estivera contando, não faltaria o retruque: <<Mas, será que o fulano era falso irmão mesmo, ou Paulo é de mau caráter?>>; ou talvez fariam contendas e fofocas desmerecendo ao apóstolo. Não faltaria quem dissesse que Paulo não é apóstolo ‘coisa nenhuma’. Também não faltaria quem o julgasse << “fraquinho de fé”, como é que passa tantos perigos, tantos riscos, um ‘homem de Deus’; algo errado há nele>>.
Hoje o Deus de Paulo e Senhor e Salvador nosso, nos permite passar esta parte de seus sofrimentos constantemente: Em plena pandemia, se a você não falta nada: Mensalmente recebe seu salário, tem casa própria, e deu casa para seus filhos, possuem carros, planos de saúde, e vários empreendimentos para bem se dar volta nas diversas classes de restrições ordenadas pelo Estado, até ai, seu viver parece um viver normal, mas...
Se nesse contexto você ainda reclama de seu plano de saúde; de seu salário que não tem aumento; de seu carro que está na hora de trocar por outro melhor; de passar tantos anos como pai e mãe dando e dando para os filhos, e eles não decolam, não se auto abastecem, e ainda aparecem irmãos necessitando algo que você pode dar mas argumenta que creem que você é Banco, e tem o dever de ajudar a todo o mundo e; enquanto há milhares de desempregados você procura ter dois ou três empregos, e criar novas empresas, e aumentar a casa, trocar de móveis, renovar sua pintura, trocar de piso para outro mais vistoso, e se dedicar a discutir politicagem, julgar governos, denigrar pastores; ainda que você seja solidário para com alguns menos favorecidos, mesmo assim, lamento afirmar-lhe e adverti-lo: VOCÊ TEM UM VIVER EQUIVOCADO.
E já que alguns de vocês me conhecem, vou desenhar mui pessoalmente os perigos que eu também vivo: Tenho dois filhos homens perto de mim. O mais velho sai a trabalhar com a sua esposa quase todos os dias, ou trabalham em casa; pois, não são empregados. O caçula perdeu o emprego e já faz mais de dois anos não consegue nada que lhe facilite seguir sua carreira universitária, então trabalha online no que pode, e estuda. Eu não imagino nem minimamente mudar a vida deles, mas cuido as coisas para não quebrar, para não comer muito bem um dia e o outro dia não saber o que comer; cuido os elementos de higiene; não abuso deles; cuido o uso da energia eléctrica, da água, do ventilador, durmo menos e trabalho mais, enquanto eles também descansam mais, posto que “estão desempregados”, ou trocam o dia pela noite, e depois querem que os vizinhos não façam barulho algum. Mas também, cuido dos meus pastores, meus irmãos em Cristo, e cuidava até dos “falsos irmãos”, mas agora Deus me mostrou que não devo mais me preocupar por eles. Como estes também meus filhos, não tem tempo para orar, para meditar na Palavra comigo, e para estudar algo que lhes comparto; nem leem, nem ouvem, e tem um falar vadio, egocêntrico e perdido, sem tom nem som; em fim. De que se preocupariam, se são fortes e abastados, e no caso de meus jovens ainda são cheios de energia e saúde? Eles imaginam que quem deve se cuidar sou eu; não eles. E aí me pergunto: COMO ESTARÃO NO MOMENTO EM QUE DEUS OS CHAME, OU QUE A PANDEMIA TERMINE E TENHAM QUE SAIR À BATALHA DE MODO DIFERENTE?
Vou contar por que creio que vivo de maneira certa aos olhos de Deus, e a maioria dos meus contatos vivem errado, equivocados. mesmo assim, devemos nos vigilar:
1. Porque tudo quanto acontece debaixo do Sol em Pandemia, tenho a Deus como o Soberano, até quando as coisas me saem “mal” e fico sem dinheiro ou sem que comer; a maioria mais vê ao Diabo e julga os Governos pelos protocolos dispostos, ou serviços deficientes. A meu ver, o Governo Argentino está fazendo milagre após milagres, e ao brasileiro atacam de todos os lados com razão ou sem razão, mas, o principal socorrista na Terra não é o Estado; é a Igreja.
2. Vejo o perigo em tudo e em todos, até mesmo nas leis, no Estado, nos pastores, nos vizinhos, no ônibus, no comércio, e vivo vigilante; não paranoico nem medroso, senão confiando plenamente em Jesus. A maioria, mesmo que tente cumprir um pouco dos protocolos, não deixam de se aglomerar para festinhas, e cultos, e um jogo de futebol, ou “apenas com a família”, que quase nunca são apenas duas ou três pessoas como planificou Jesus, e sendo só a família, por que não saem a procurar os vizinhos que estão passando mal, para a festa?
3. Paulo teria minha idade, aproximadamente, quando afirmou que deseja partir para estar com o Senhor, o que era muito melhor, e que já tinha acabado a carreira, mas eu não; tenho consciência de que talvez não tenha caminhado mais que a metade da primeira milha, e então que faço? Dia e noite servir aos outros. Aconselhar, ensinar, instruir, corrigir, alertar, dar de comer, hospedar, socorrer na rua; amar e respeitar o tempo todo; buscar ter paciência e misericórdia como nunca antes; vigiar, orar mais, interceder, sem me esquecer de voltar a ler a Bíblia e renovar-me no louvor. Nada em mim é mérito. Só é preparar o vaso para que Ele o encha com a vida que desejo viver e necessito viver, pois, não quero ser encontrado vivendo errado, e culpando a Deus que me deu riquezas ou atribuindo-me vantagens pessoais. Tem irmãos hoje, que ao ver outro irmão, se escamoteiam como se vissem um fantasma. Que viver miserável! O perigo também está em Mim... Sejamos solução. Sejamos bênção.
4. Não presto atenção a nenhuma palavra dos sábios deste mundo, dos cientistas, dos PHD em medicina, dos Governantes, dos chefes de Impérios, dos grandes empresários, dos hierarcas religiosos, nem dos ícones mais relevantes das atuais conspirações; ou seja, não dou crédito mais do que da Palavra de Deus. Também não escuto a amigos nem a meus próprios irmãos, e pastores, e meu foco é a Palavra de Deus revelada constantemente a mim, na incubadora de um alinhamento de interesses, vontades e desejos para que o mundo creia, e o nosso encontro com Jesus aconteça quando queira, em completa paz interior com Deus, com a IGREJA UNA no pouco que posso fazer por ela, com os irmãos verdadeiros, e para com a sociedade. Sabia que 1ª Coríntios 7. 29-31 é para os irmãos em geral, mas Mateus 24. 45-51 é para os pastores?
Tito Berry

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